O piloto do avião que caiu na Etiópia com 157 pessoas neste domingo (10) relatou dificuldades minutos antes da queda. Ele pediu à torre de controle para retornar ao aeroporto da capital etíope, Adis Abeba. A informação foi dada pelo executivo-chefe da Ethiopian Airlines, Tewolde Gebremariam. Em entrevista coletiva, ele disse que a empresa não tinha conhecimento de nenhum problema mecânico no Boeing 737 MAX, adquirido há apenas quatro meses.
O presidente da companhia revelou que entre as vítimas estão 32 quenianos, 18 canadenses e nove etíopes. O balanço traz oito chineses, oito italianos, oito americanos, sete britânicos, sete franceses, seis egípcios, cinco holandeses, quatro indianos, quatro eslovacos, três austríacos, três suecos, três russos, dois marroquinos, dois espanhóis, dois poloneses e dois israelenses. Não há registro de brasileiros no voo.
Também viajava um cidadão de cada um dos seguintes países: Bélgica, Indonésia, Somália, Noruega, Sérvia, Togo, Moçambique, Ruanda, Sudão, Uganda e Iêmen. Quatro passageiros com passaportes emitidos pelas Nações Unidas ainda não tiveram as nacionalidades reveladas. As informações são da DW, agência pública de notícias da Alemanha, e da RTP, televisão pública de Portugal.
O acidente
A aeronave decolou às 8h38min locais (2h38min no horário de Brasília) com destino a Nairóbi, no Quênia. O acidente teria ocorrido na região de Bishoftu (antigamente conhecida como Debre Zeit), a cerca de 50 quilômetros a sudeste de onde ocorreu a decolagem.
A estatal Ethiopian Airlines é uma das maiores companhias aéreas da África. No ano passado, transportou mais de 10 milhões de passageiros. O último acidente com a companhia havia acontecido em janeiro de 2010, quando um voo que havia partido de Beirute, capital do Líbano, caiu pouco após a decolagem. O desastre matou as 90 pessoas a bordo. Pela rede social Twitter, o primeiro-ministro da Etiópia, Abiy Ahmed, lamentou o desastre e expressou condolências às famílias das vítimas.