O Partido liberal Reforma, liderado pela ex-eurodeputada Kaja Kallas, se impunha nas legislativas da Estônia com 30% dos votos, que projetavam concedê-la 35 das 101 cadeiras, computados mais de 90% dos centros de votação, de acordo com dados oficiais.
O Partido Centro, do primeiro-ministro em fim de mandato Juri Ratas, aparecia em segundo lugar e conseguiria 25 assentos, seguido pelo ultradireitista ERKE, que alcançava os 18 pontos (mais que o dobro de quatro anos atrás), equivalentes a 19 cadeiras no legislativo, diante das sete que dispunha nessa legislatura.
Um dos principais dirigentes do Reforma, Kristen Michal, descartou uma eventual aliança com a ultradireita e também advertiu que se aliar com as forças do primeiro-ministro em fim de mandato "não será a nossa primeira escolha", mas pode ocorrer se isso se tornar imprescindível.
As outras duas agrupações que integravam a coalizão governante conseguiram resultados modestos. Os conservadores do ProPatrias obtinham 12 deputados (dois a menos do que na legislatura anterior) e o partido social-democrata, 10, cinco a menos que até agora.
Depois do fechamento dos centros de votação, às 15h00 (de Brasília), a polícia havia reportado apenas alguns incidentes menores, relativos, sobretudo, a ações de proselitismo eleitoral, que estão proibidas no dia da eleição.
O progresso da extrema direita havia sido antecipado em todas as pesquisas, apoiado no descontentamento nas áreas rurais, após uma campanha na qual se discutiu sobre impostos e o ensino de russo para a minoria que usa essa linguagem.
No total, 1.099 candidatos de 10 partidos aspiram aos 101 assentos no Parlamento de Tallinn, mas somente os partidos que obtiverem mais de 5% dos votos poderão entrar neste.
* AFP