O Departamento de Polícia de Paris anunciou nesta sexta-feira (22) que os "coletes amarelos" não poderão se manifestar na Avenida Champs-Elysées, em Paris, e em um perímetro que inclui o Palácio do Eliseu e a Assembleia Nacional.
A proibição ocorre seis dias após o saque de lojas e incêndios ocorridos na famosa avenida da capital durante o protesto realizado todos os sábados por militantes contrários às políticas do presidente Emmanuel Macron.
"Há sérios motivos para acreditar que violências e degradação devem ocorrer novamente durante os protestos anunciados", afirma o decreto assinado pelo novo prefeito de Paris, Didier Lallement, cujo antecessor foi demitido em 9 de março.
O governo francês havia anunciado na segunda-feira (18), a demissão do chefe de polícia de Paris e a proibição de manifestações em várias partes do país devido os violentos distúrbios na Champs-Elysées durante manifestação dos "coletes amarelos".
Joalherias e lojas saqueadas, restaurantes e bancos incendiados, confrontos entre manifestantes e policiais.
As imagens de violência na famosa avenida parisiense causaram indignação e fizeram lembrar as cenas de caos em dezembro, quando o Arco do Triunfo foi vandalizado.
As seguradoras avaliaram os prejuízos de quatro meses de protestos, sem contar os de sábado, em 170 milhões de euros.
As manifestações começaram em 17 de novembro sem tons políticos, e sem sindicatos por trás, contra a alta dos combustíveis e pedindo melhora do poder aquisitivo. O movimento logo se tornou a pior crise social para o presidente Macron desde sua chegada ao poder em maio de 2017.