Desde que os protestos contra o presidente Nicolás Maduro começaram, 16 pessoas morreram em tumultos entre manifestantes e forças policiais na Venezuela. Só entre terça (22) e quarta-feira (23) foram 13 mortes, de acordo com a ONG Observatório Venezuelano da Conflitividade Social (OVCS). A maioria dos casos ocorreu após Juan Guaidó se proclamar presidente interino da Venezuela.
As mortes, principalmente por armas de fogo, ocorreram em Caracas e nos Estados de Táchira, Barinas, Amazonas, Bolívar e Portuguesa, segundo a ONG, crítica do governo de Nicolás Maduro.
Durante os últimos três dias de protestos, a ONG também registrou 218 prisões, a maioria delas (175) durante as manifestações de quarta-feira, quando a polícia de choque enfrentou um grupo de manifestantes em um bairro do leste de Caracas.
Os choques começaram quando dezenas de jovens, alguns encapuzados, bloquearam uma importante avenida no bairro de Altamira, e a polícia de choque utilizou bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha contra os manifestantes.
Em Bolívar, uma estátua do ex-presidente Hugo Chávez foi queimada por dezenas de manifestantes na cidade de San Félix, por volta da meia-noite de terça.