Subiu para 21 o número de mortos no ataque com carro-bomba ocorrido na quinta-feira (17) em uma academia de polícia no sul de Bogotá, capital da Colômbia. Outras 65 pessoas ficaram feridas no que o governo local classificou como "ato terrorista insano".
O autor do ataque foi identificado pelo Ministério Público local como José Aldemar Rojas Rodríguez, que entrou às 9h30min (12h30min de Brasília) em uma caminhonete cinza Nissan Patrol de 1993 na Escola de Oficiais General Francisco de Paula Santander.
Rojas Rodríguez também morreu no ataque, revelou um membro do MP, acrescentando que ainda não há informação sobre possíveis ligações do autor com grupos armados que operam no país.
— (Este) Ato terrorista insano não ficará impune, os colombianos jamais se submetem ao terrorismo, sempre o derrotamos, esta não será a exceção — disse o presidente Iván Duque em declaração à imprensa ao lado do procurador-geral, Néstor Humberto Martínez.
O veículo de Rodríguez, que, segundo o MP, tinha passado por uma revisão em julho de 2018 em Arauca (fronteira com a Venezuela), explodiu durante uma cerimônia de promoção de oficiais e cadetes.
— Ouvi como se o céu tivesse caído na minha cabeça. Foi uma explosão muito grande e, quando saí, havia muita fumaça — disse Rocío Vargas, vizinha do local.
Segundo relatos da polícia, um cão farejador detectou os explosivos no automóvel. Quando foi descoberto, Rodríguez acelerou o carro e atropelou um policial. Três militares foram atrás do veículo que, segundos depois, explodiu.
Esse é o pior ato de terror na capital colombiana desde fevereiro de 2003, quando os rebeldes do atual partido Farc detonaram um carro-bomba no clube El Nogal. Trinta e seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.