O responsável pelo atentado em uma academia de Polícia de Bogotá, capital da Colômbia, foi identificado, de acordo com a Procuradoria-Geral do país. Segundo Néstor Humberto Martinez, que chefia as investigações, seu nome é José Aldemar Rojas Rodriguez. Ele conduzia o veículo e morreu no local da explosão.
Na tarde desta quinta-feira (17), um carro com 80 quilos de explosivos foi detonado em frente ao prédio das forças de segurança. Dez pessoas morreram e 54 ficaram feridas. Os procuradores não conseguiram identificar se o autor do ataque está envolvido com algum grupo terrorista. Ninguém assumiu o atentado até agora.
"Todos nós, colombianos, rejeitamos o terrorismo e estamos unidos para enfrentá-lo. A Colômbia está triste, mas não se curvará ante à violência", escreveu o presidente colombiano, Ivan Duque.
Duque, que assumiu o cargo em agosto de 2018, tem endurecido a política de combate às drogas no país, maior produtor de cocaína do mundo, e estabeleceu condições para reavivar as negociações de paz com o Exército de Libertação Nacional (ELN), última organização guerrilheira ativa no país.
Duas equatorianas estão entre as vítimas, a cadete Erika Chicó, que morreu, e Carolina Sanango, que sofreu ferimentos leves. As autoridades não deram o número exato de militares mortos.
O ataque
As primeiras imagens da televisão local mostraram o movimento de ambulâncias em torno da área do suposto ataque, e o que pareciam ser os restos de um veículo em chamas.
Uma funcionária da saúde das Forças Armadas disse à imprensa que o veículo invadiu "abruptamente" a sede da polícia.
— Ele entrou abruptamente, quase atropelando os policiais e depois explodiu — comentou Fanny Contreras, que relatou ainda que "houve outra pequena explosão". As autoridades locais, no entanto, confirmam apenas um único abalo.
O veículo explodiu durante uma cerimônia de promoção de oficiais e cadetes.
"Ouvi como se o céu tivesse caído na minha cabeça. Foi uma explosão muito grande e, quando saí, havia muita fumaça", disse Rocío Vargas, vizinha do local.
Segundo relatos da polícia, um cão farejador detectou os explosivos. Quando foi descoberto, Rojas acelerou o carro e atropelou um policial. Três militares foram atrás do veículo que, segundos depois, explodiu.
Esse é o pior ato de terror na capital colombiana desde fevereiro de 2003, quando os rebeldes do atual partido Farc detonaram um carro-bomba no clube El Nogal. Trinta e seis pessoas morreram e dezenas ficaram feridas.