Investigadores do condado do Texas acreditam que Samuel Little, 78 anos, seja o maior assassino em série da história dos Estados Unidos. Ele confessou mais de 90 assassinatos entre 1970 e 2005, de acordo com o FBI. Das mortes admitidas, pelo menos 40 foram confirmadas pelas autoridades.
— Ele está contando coisas, casos que ocorreram há 50 anos, e dando detalhes sobre todos estes assassinatos diferentes. Nenhuma das declarações que fez era falsa — afirmou à AFP o promotor Bobby Bland, do condado do Texas, onde Little está detido.
As principais vítimas de Little, que viveu na rua por mais de 20 anos, eram dependentes de drogas e prostitutas. Ele foi preso pela primeira vez em 2012, acusado de três mortes que aconteceram no final dos anos 80, no entorno da cidade de Los Angeles.
Depois da prisão, Little foi convocado para depor sobre o assassinato de Denise Christie Brothers, na cidade de Odessa, oeste do Texas. Denise foi morta no estacionamento de um motel em 1994, e seu caso era considerado um mistério até então.
No depoimento, que aconteceu nesta quinta-feira (13), Little confessou que matou Denise e começou a dar detalhes de outros crimes semelhantes. Ao todo, foram noventa casos reabertos depois das confissões.
Little foi condenado à morte em 2014, mas exigiu que a pena capital fosse cancelada em troca do detalhamento dos outros crimes. A concessão foi feita "para ganhar sua confiança", de acordo com o promotor Bobby Bland.
Como o caso que o condenou à morte está na Justiça da Califórnia, terá que acontecer um novo julgamento da pena naquele Estado.
Até agora, a pessoa que cometeu o maior número de assassinatos comprovados foi Charles Cullen, que matou pelo menos 40 pessoas deliberadamente durante sua carreira de enfermeiro. Em 2006, Cullen foi condenado à morte, e está preso em Nova Jersey.