Autoridades mexicanas abriram neste sábado (20) a fronteira para mulheres e crianças que integram uma caravana de migrantes procedentes de Honduras, para aliviar a espera de milhares de pessoas que se encontram aglomeradas sobre a ponte que une México e Guatemala.
O embaixador mexicano na Guatemala, Luis Manuel López, disse que estas pessoas, que tentam chegar aos Estados Unidos, serão registradas no México e irão pernoitar em um posto migratório, de onde serão conduzidas para um albergue em Tapachula, a cerca de 40 quilômetros de Ciudad Hidalgo.
— Feliz, feliz, estou feliz! Finalmente! — gritava Gina Paola Montes, 21 anos, enquanto corria pela parte de pedestres da ponte fronteiriça, já em território mexicano, observada por policiais do batalhão de choque. Ela faz parte do primeiro grupo de migrantes que pôde cruzar a fronteira.
Entre a emoção e o cansaço, uma das mulheres desmaiou, causando preocupação e o choro dos parentes que viajavam com ela.
— Saí de um pesadelo — desabafou Gina, referindo-se ao acampamento improvisado que os migrantes montaram sobre a ponte à espera de entrar no México.
Mas, uma vez em território mexicano, as incertezas se renovam. A ativista hondurenha Eva Hernández, 42 anos, disse que a promessa é de que os migrantes receberão permissão de refugiados e terão um local seguro para se instalarem.
O posto migratório fica a cerca de 200 metros da ponte internacional.