O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta terça-feira (9) a demissão de sua embaixadora ante as Nações Unidas (ONU), Nikki Haley, depois de uma reunião com ela na Casa Branca.
— Fez um trabalho fantástico — afirmou Trump sobre Haley, que integra seu governo desde janeiro de 2017 —Ela me disse há seis meses (...) que queria dar uma pausa — completou.
Haley, de 46 anos, negou que tenha intenções de se candidatar às eleições presidenciais de 2020.
Ao saber da notícia, alguns observadores especularam que Haley tentava, assim, cortar todos os laços com Trump, a fim de disputar um cargo num futuro próximo.
Novata nas relações internacionais, Haley rapidamente se colocou na linha de frente da cena diplomática americana. Mas desde que Rex Tillerson foi substituído no Departamento de Estado por Mike Pompeo, muito próximo de Trump, ela parecia mais retraída.
A ex-governadora da Carolina do Sul, um dos membros mais populares da administração Trump, à qual se uniu logo após o triunfo eleitoral do republicano, distinguiu-se por uma linha dura na ONU contra a Coreia do Norte e o Irã, os principais questões de política externa do atual governo americano.
Durante a última Assembleia Geral da ONU, Haley se uniu a uma centena de venezuelanos que manifestavam contra o presidente Nicolás Maduro, um comportamento extremamente incomum para um diplomata.
A saída de Haley é a mais recente de uma turbulenta Casa Branca, onde Trump já tem um terceiro conselheiro de segurança nacional e um segundo secretário de Estado.
Sua renúncia ocorrer a semanas das eleições legislativas de meio mandato, onde os republicanos podem perder o controle do Congresso.