Um avião da empresa Aeroméxico caiu na tarde desta terça-feira (31), próximo ao aeroporto de Durango, no norte México. Com 97 passageiros e quatro tripulantes a bordo, a queda aeronave aconteceu cinco minutos após a decolagem, em meio a uma tempestade, e deixou mais de 80 pessoas levemente feridas.
O governador do Estado mexicano de Durango, José Ramón Aispuro, informou, por meio de sua conta no Twitter, que não foram registradas mortes no acidente. Mas o piloto teve um problema sério na coluna e uma menina apresenta queimaduras em 25% do corpo. No total, 97 pessoas foram atendidas em hospitais públicos e privados.
Até o momento "temos informação de 85 pessoas machucadas", disse Alejandro Cardoza, porta-voz da Defesa Civil de Durango, à TV Milenio.
— Um incêndio começou após o pouso forçado realizado pelos pilotos, mas ao que parece não há pessoas com queimaduras. A maioria apresenta ferimentos muito leves, nada além de contusões, mas alguns têm lesões consideráveis — afirmou Cardoza.
A aeronave é do modelo E190, fabricada pela brasileira Embraer. Segundo a Aeroméxico, o avião tem capacidade para 100 passageiros. O avião tentou decolar em meio a uma forte chuva de granizo, mas não conseguiu e fez um pouso forçado em um terreno a cerca de 10km da pista.
Segundo passageiros, ao decolar, o avião fez um movimento anormal e ocorreu o acidente. O Corpo de Bombeiros, a Cruz Vermelha, Exército, Polícia e Defesa Civil foram mobilizados.
Um jornalista da AFP presente no local observou o avião envolto em uma nuvem de fumaça em um terreno, enquanto dezenas de passageiros abandonavam o aparelho com ferimentos leves.
— Faço votos para que a tripulação e todos os passageiros estejam bem — escreveu o presidente Enrique Peña Nieto no Twitter.
O jornal El Sol de México divulgou um vídeo onde é possível ver as chamas da aeronave.
Decolagem rumo à tempestade
Jaqueline Flores, uma das passageiras, revelou os momentos de angústia antes do pouso forçado. O avião iniciou a decolagem às 15h09min, então "acionaram as turbinas, senti a força do avião para decolar, mas ainda na pista já não havia visibilidade. Quando subimos, logo entramos nas nuvens e na tempestade. Senti que ele iria manobrar para se estabilizar, mas aí caiu", contou Flores, de 47 anos.
Segundo Flores, que viajava com a filha de 16 anos, o avião bateu na pista e foi parar em um terreno cheio de mato.
— Enquanto deslizava caíram todas as bagagens no corredor (...) e as pessoas foram jogadas para frente e para trás —contou Flores, que saiu ilesa.
Quando o avião parou, "havia um buraco (na fuselagem) exatamente ao nosso lado, estávamos na 8A e 8B e saímos na altura do 10, onde estava aberto". "O avião se partiu e como havia fogo disse à minha filha: 'vamos pular por ali' e por ali saltamos".
A Aeroméxico emitiu um comunicado no qual "lamenta profundamente este acidente" e se diz "concentrada em resolver esta situação e fazer todo o possível para auxiliar nossos clientes e suas famílias".
O local do acidente foi isolado e as autoridades vão analisar a caixa preta e as gravações para determinar as causas do acidente.