Uma das três sobreviventes do acidente aéreo de sexta-feira em Havana, que causou a morte de 107 pessoas, está consciente, mas segue em estado crítico.
— As três foram oficialmente identificadas e suas famílias estão presentes. Elas têm ferimentos graves e correm risco de morte. Estão em estado crítico extremo devido à complexidade de seus ferimentos — declarou neste sábado o médico Carlos Martinez, diretor do hospital Calixto García.
As sobreviventes foram identificadas como as cubanas Mailen Díaz Almaguer, de 19 anos; Grettel Landrovell Font, de 23 anos; e Emiley Sanchez de la O, de 39.
— Destas três, a última está consciente e comunicativa — disse o médico, sem dar mais detalhes sobre o estado das outras duas pacientes.
O presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, esteve no hospital para saber sobre o estado de saúde das feridas, segundo a TV oficial.
Martinez indicou que as sobreviventes foram submetidas a várias cirurgias, apresentam traumatismo craniano e múltiplas fraturas nos membros inferiores. Os boletins detalhados serão fornecidos apenas aos familiares.
— Eu não tinha coração para chegar até aqui, mas estou tranquila. Minha pressão subiu, sou diabética e hipertensa, mas estou tranquila, com a mente positiva de que vai melhorar — declarou à AFP Esther de la O, mãe de Emiley.
Sua filha estava de férias em Havana: — Ela sabe que eu estou aqui, que o filho dela está aqui. Ela pediu água. Sinto que já houve melhora.
As três mulheres foram encontradas com vida nesta sexta-feira (18), depois que um Boeing 737-200 caiu no início da tarde, logo depois de decolar do aeroporto internacional da capital cubana em direção a Holguín (leste).
A aeronave, em uso pela estatal Cubana de Aviación, pertencia à companhia mexicana Damojh (Global Air). O governo cubano está conduzindo uma investigação para determinar as causas do acidente.
rd-mav/lp/mr
* AFP