Milhares de pessoas vindas de várias partes da antiga Iugoslávia celebraram neste sábado (26) os 126 anos de nascimento do líder comunista iugoslavo Josip Broz Tito (1892-1980) na cidade natal do ditador, Kumrovec, norte da Croácia.
Vestindo camisetas com a efígie daquele que foi o presidente da Iugoslávia ou o mapa do antigo país, os admiradores do "Marechal" se reuniram em frente à casa onde ele nasceu, transformada em museu.
Muitos agitavam a bandeira iugoslava, nas cores azul, branca e vermelha, arrematada por uma estrela vermelha.
"Era uma época melhor", declarou, citado pela imprensa, Jovan Vejnovic, presidente da União das Associações "Josip Broz Tito". Cada ex-república iugoslava tem uma.
À frente da resistência contra os nazistas e seus aliados nos Bálcãs durante a Segunda Guerra Mundial, Tito governou sem divisão a Federação da Iugoslávia, do fim do conflito até a sua morte, em 4 de maio de 1980, fazendo de seu país um dos principais atores do movimento dos não alinhados.
Até hoje ele desperta afeição e nostalgia em toda a antiga Iugoslávia.
Mais outros ressaltam aspectos sombrios de seu governo, marcado sobretudo pela repressão da dissidência política.
Apesar disso, em setembro de 2017, sob pressão de nacionalistas, Zagreb deu a uma das principais praças da capital o nome de Tito.
Dez anos após sua morte, uma série de conflitos, que deixaram mais de cem mil mortos, puseram fim à Iugoslávia. Suas seis ex-repúblicas - Bósnia, Croácia, Montenegro, Sérvia e Eslovênia - hoje são independentes, assim como Kosovo, que era então uma região autônoma no seio da Sérvia.
* AFP