A atriz Ashley Judd abriu nesta segunda-feira (30) um processo contra o produtor Harvey Weinstein por assédio sexual e difamação. Os ataques teriam começado após a artista rejeitar uma proposta sexual, feita em um quarto de hotel sob a alegação de falar de negócios há 18 anos. Como represália, Weinstein teria começado a difamar a atriz, deixando o nome dela em uma lista negra.
A ação ainda afirma que Weinstein "utilizou seu poder na indústria do entretenimento para manchar a reputação de Judd e limitar sua capacidade de encontrar trabalho". O processo, apresentado em um tribunal de Santa Mônica, Los Angeles, cita que o produtor garantiu ao diretor Peter Jackson que era "um pesadelo" trabalhar com Judd, o que influenciou na não inclusão da atriz no elenco de O Senhor dos Anéis. "Destruindo sua oportunidade de trabalhar no que se converteu em uma franquia de um bilhão de dólares, com 17 prêmios da Academia e muitas outras nomeações", destaca a ação, mencionando a trilogia.
Um porta-voz de Weinstein recordou que Judd apareceu em dois filmes do produtor após O Senhor dos Anéis: Frida (2002) e Imigrantes Ilegais (2009). A atriz já havia denunciado Weinstein em outubro de 2017 por assédio sexual, o que motivou o #MeToo nas redes sociais. Judd adiantou que pretende doar o valor da indenização para o movimento.
Desde então, o produtor foi acusado de ataques sexuais por mais de 70 mulheres. Mas sempre negou ter tido sexo não consentido com alguém. O ator Brad Pitt pretende produzir um filme sobre a investigação jornalística que revelou o escândalo sexual de Weinstein.