Pelo menos 14 pessoas morreram em ataque contra uma base militar de Taifur, na província de Homs, na região central da Síria, na madrugada desta segunda-feira (9), informou a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH). O regime de Bashar al-Assad e Rússia responsabilizaram Israel pelo bombardeio.
"Dois aviões F-15 do exército israelense atacaram a base aérea entre 3h25min e 3h53min no horário de Moscou (21h25min e 21h53min de domingo, em Brasília), com a ajuda de oito mísseis teleguiados a partir do território libanês, sem penetrar no espaço aéreo sírio", afirmou o ministério russo da Defesa.
O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, afirmou que as forças do regime sírio — apoiadas por Rússia, Irã e combatentes da milícia libanesa Hezbollah — têm presença na base.
Em fevereiro, Israel acusou as forças iranianas presentes na base T-4 pelo envio de um drone ao território israelense. O país advertiu em várias oportunidades que não aceitará que o Irã estabeleça trincheiras militares na Síria.
Depois de bombardear unidades iranianas na Síria como retaliação pelo drone, um F-16 de Israel foi derrubado pela Síria. Em seguida, Israel executou o que chamou de ações de "grande escala" contra os sistemas de defesa aérea sírios e alvos iranianos, que segundo os comunicados incluíam a base T-4.
"Preço alto a ser pago"
Um suposto ataque químico causou a morte de dezenas de sírios no sábado (7) em Douma, reduto controlado pelos rebeldes na Síria. Os Estados Unidos culparam o governo pelo ataque no subúrbio a leste da capital, Damasco. Donald Trump ainda acusou a Rússia e o Irã de terem responsabilidade pelo ocorrido, pelo apoio a Assad. A imprensa estatal síria nega que o ataque tenha sido promovido pelo governo.
"Muitos mortos, incluindo mulheres e crianças, num ataque químico irracional na Síria. A área de atrocidade está cercada pelo exército sírio, tornando-a completamente inacessível. O presidente Putin, a Rússia e o Irã são responsáveis por apoiar o 'animal' Assad. Preço alto a ser pago", escreveu.