O FBI, a Polícia Federal norte-americana, admitiu nesta sexta-feira (16) que, em janeiro, recebeu um alerta sobre Nikolas Cruz, o jovem de 19 anos responsável pelo massacre de 17 pessoas em uma escola da Flórida, na quarta-feira (14), mas falhou em seguir os protocolos de investigação.
Esses procedimentos "não foram seguidos para a informação recebida (por um escritório do FBI) em 5 de janeiro. A informação não foi dada ao escritório de Miami e nenhuma investigação foi conduzida naquele momento", apontou a entidade em nota oficial.
De acordo com o FBI, em 5 de janeiro uma "pessoa próxima" a Cruz se comunicou por telefone e deu informações sobre "sua posse de armas, seu desejo de matar pessoas, comportamento errático e comentários em redes sociais, assim como o potencial para atacar uma escola".
Se essa informação tivesse sido transmitida aos agentes do FBI em Miami, teriam adotado os "passos apropriados de investigação", apontou a nota. Tal informação "devia ser considerada como uma possível ameaça à vida".
O diretor do FBI, Christopher Wray, indicou na nota que a agência ainda está "investigando os fatos" e comprometeu seu empenho em "revisar nossos procedimentos para responder a informações que recebemos do público".
"Os americanos devem estar vigilantes e quando membros do público nos contactam com suas preocupações, devemos agir de forma adequada e rápida", continuou Wray.
O procurador-geral americano, Jeff Sessions, apontou em nota que "fica claro que os sinais de alerta existiram e o FBI não os percebeu. Vemos as consequências trágicas dessa falha".
Na quinta-feira, o FBI admitiu que em setembro do ano passado recebeu uma denúncia por comentários ameaçadores publicados no YouTube por uma pessoa identificada como Nikolas Cruz, mesmo nome do jovem acusado pelo massacre desta semana.