As forças de segurança do Gabão prenderam, neste domingo (17), dezenas de pessoas em Libreville, um dia após dois dinamarqueses ficarem feridos em um ataque a faca.
Funcionários da polícia e da gendarmeria foram, no começo desta manhã, ao "povoado artesanal", um mercado para turistas, onde na véspera um nigeriano esfaqueou duas vítimas após gritar "Allahu Akbar" (Deus é grande).
Os agentes prenderam todos os vendedores do mercado, em sua maioria originários da África ocidental. O ministro de Defesa, Etienne Massard, assistiu à operação.
As duas vítimas foram levadas ao hospital militar, nos arredores da capital gabonesa, após serem apunhaladas enquanto faziam compras.
Eles estavam fazendo uma reportagem para o canal americano National Geographic, mas não se sabe se eram jornalistas ou técnicos, e tampouco seu qual o seu vínculo com a emissora.
O estado de saúde de um deles, que era grave, se estabilizou, disse neste domingo o porta-voz do governo, Alain-Claude Bilie-By-Nze.
O agressor, que está há 19 anos no Gabão, tinha passado oito meses em seu país antes de voltar a Libreville há algumas semanas. Ele vendia carne defumada e circulava pelo centro da cidade, segundo depoimentos.
Quando foi preso pela polícia, logo após o crime, disse ter agido "em represália aos ataques dos Estados Unidos contra os muçulmanos e ao reconhecimento de Jerusalém como capital do Estado de Israel", segundo autoridades.
Esse é o primeiro atentado extremista contra ocidentais neste pequeno país francófono da África Central, que tem cerca de 1,8 milhão de habitantes.
* AFP