A eleição de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, que na quarta-feira completa um ano, forçou a América Latina a estabelecer um novo e, até agora, difícil diálogo com uma Casa Branca, concentrada nas prioridades internas.
O surgimento na região de vários governos interessados em uma relação mais profunda com os Estados Unidos coincidiu com a instalação em Washington de uma administração inclinada a fortalecer o p Colômbia" se tornaram um programa de apoio ao processo de pacificação, renomeado de "Paz Colômbia", mas o aumento sustentado na produção de cocaína no país é um importante ruído no diálogo bilateral.
Argentina e Peru estão entre os países que conseguiram estabelecer um bom diálogo com o novo morador da Casa Branca, embora até agora esse canal não tenha dado resultados concretos.
Em fevereiro, o peruano Pedro Pablo Kuczynski foi o primeiro presidente latino-americano a ser recebido por Trump. Já Mauricio Macri visitou a Casa Branca em abril, mas o governo argentino deixou sete meses (de abril a novembro) sua representação diplomática em Washington sem um embaixador pleno.
No plano interno, o anúncio da suspensão do Daca deixa uma enorme interrogação sobre o futuro de cerca de 690.000 imigrantes chegados na infância, mas que regularizaram sua situação. Com o projeto suspenso, esses estrangeiros ficam novamente expostos à deportação.
O mesmo pode acontecer com cerca de 300.000 estrangeiros (em sua maioria procedentes da América Central), que se beneficiaram do TPS e cujo destino está agora nas mãos do Departamento de Segurança Interna.
* AFP