A chuva provocada pelo furacão Maria ganhou força na República Dominicana, na quinta-feira (21), aumentando as inundações em zonas urbanas e rurais devido à cheia dos rios. O fenômeno deixou 140 mil pessoas sem eletricidade e afetou quase 3 mil residências.
O Centro de Operações de Emergências (COE) ordenou desalojamentos em 26 das 32 províncias do país. Mais de 17 mil moradores foram evacuados preventivamente.
— Reiteramos à população que abandone os lugares inseguros, os organismos de proteção civil devem continuar as evacuações — afirmou o diretor do COE, Juan Manuel Méndez.
Segundo a Cruz Vermelha Dominicana, 40% da população vive em zonas vulneráveis, perto de rios e praias.
Após devastar Porto Rico e arrasar as Ilhas Virgens e Antilhas, onde causou dezenas de mortos, o furacão derrubou árvores e postes de eletricidade na República Dominicana.
Com isso, 100 mil pessoas ficaram sem eletricidade no leste do país e outras 40 mil mais ao sul, anunciou o governo.
Segundo o COE, 15 comunidades estão isoladas pelo aumento do nível dos rios e uma ponte desmoronou. O transporte aéreo também foi afetado: 158 voos foram suspensos, embora, na quarta-feira (20), os aeroportos tenham retomado as operações, com exceção de Puerto Plata.
Maria permanece um furacão de categoria 3 na escala Saffir— Simpson (que vai até 5), com ventos de 185 km/h, enquanto avança para as Ilhas Turcas e Caicos, ao norte da ilha Espanhola, compartilhada pelo Haiti e pela República Dominicana. No entanto, seu campo nebuloso continua provocando chuvas e ventos em quase todo o país.
Em Punta Cana, balneário turístico a 200 quilômetros de Santo Domingo, alguns trabalhadores recolhiam postes, letreiros e barcos em meio à chuva. Devido à passagem de Maria, o governo dominicano suspendeu preventivamente o dia de trabalho na quinta-feira, destacando que estava preparado "para o pior". As atividades no metrô de Santo Domingo também foram suspensas.
Dois turistas foram detidos no município Cabarete de Puerto Plata por tomar banho nas águas furiosas do oceano Atlântico.
As autoridades mantêm vigente um alerta por ondulações perigosas nas áreas sob alerta de furacão, acompanhadas por ondas grandes, que aumentarão o nível da água em 4 a 6 pés em cerca de 1,5 metro sobre os níveis normais, destacou o Centro Nacional de Furacões americano.