Em férias na Cidade do México desde 22 de agosto, a assessora de imprensa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) Edina da Rocha Ferreira precisou deixar o hotel às pressas, na madrugada desta sexta-feira (8), após o alerta de terremoto que deixou pelo menos 32 mortos no país.
A jornalista conta que o apartamento em que estava hospedada balançava quando ela e o marido acordaram, pouco minutos depois da meia-noite (horário local). As paredes começaram a rachar e o casal desceu correndo para o térreo.
– Quando acordamos, o apartamento se movia tanto quanto um navio se mexe no mar. Ficamos muito assustados, as paredes começaram a rachar e meu marido se desequilibrou – narrou Edina em entrevista à Rádio Gaúcha. – Pegamos o que tínhamos de roupa, descemos correndo e, quando chegamos lá embaixo, todas as pessoas já estavam na rua.
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Edina e o marido estão hospedados em uma área central da capital mexicana, próximo à Avenida La Reforma. Após o alerta, eles precisaram aguardar até que as autoridades autorizassem o retorno para casa – a Cidade do México e a região metropolitana, com mais de 20 milhões de habitantes, não registraram vítimas.
– As autoridades estavam informando (os moradores que saíram de casa) e aí a gente falou com os policiais. (Eles) pediram para ir voltando para casa e todo mundo foi voltando. Ficamos aqui na frente do hotel e subimos, mas até agora não conseguimos dormir.
A jornalista conta que tentou manter a tranquilidade "na medida do possível", mas frisou que as autoridades alertaram para uma possível réplica do terremoto.
– É lógico que, como nós não somos acostumados com esse tipo de evento, ficamos muito assustados, e estamos ainda assustados, porque as autoridades estão alertando que pode vir uma réplica com menor intensidade. Então, nós estamos nos preparando.
A jornalista e o marido pretendem voltar ao Brasil no sábado (9).