Após deixar pelo menos dois mortos no Caribe e castigar as Ilhas Virgens americanas, o olho do furacão María atingiu Porto Rico às 7h15min (horário de Brasília) desta quarta-feira (20), com ventos de 255 km/h. A ilha, localizada no Caribe, pertence aos Estados Unidos.
No momento, o furacão está na categoria 4 (em escala de 1 a 5), segundo o Centro Nacional de Furacões (NHC, na sigla em inglês). Em Porto Rico, cerca de 3,5 milhões de moradores correram na terça-feira (19) para comprar produtos de primeira necessidade e proteger suas casas e negócios.
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Cerca de 500 abrigos com capacidade para 67 mil pessoas foram abertos para enfrentar o furacão, que "pode ser o pior do (último) século em Porto Rico", afirmou o governador Ricardo Rossello Nevares. Pelo menos 50 mil casas continuam sem energia elétrica nesse território desde a passagem do furacão Irma, que causou estragos na ilha.
Após cruzar Porto Rico durante o dia, María deve chegar ao norte da República Dominicana.
Em outras ilhas do Caribe, cenário de desolação
Na ilha de Saint John, que ainda tenta se recuperar da passagem do Irma, há duas semanas, o furacão derrubou árvores e causou grandes danos materiais. Não há informações de vítimas até o momento.
As autoridades instauraram toque de recolher nas Ilhas Virgens britânicas, "extremamente vulneráveis", segundo o primeiro-ministro Orlando Smith.
Horas antes de alcançar as Ilhas Virgens, María semeou desolação em territórios como a ilha francesa de Guadalupe. Lá, deixou dois mortos, e duas pessoas estão desaparecidas.
A República Dominicana também foi afetada. Segundo o primeiro-ministro Roosevelt Skerrit informou no Facebook, a ilha perdeu "tudo o que o dinheiro pode comprar". Até agora, ele disse, "o vento arrasou os telhados das casas de quase todas as pessoas, com as quais eu falei".
María também deve passar ao sul da costa de St. Martin e St. Barts, já devastadas pelo Irma em 6 de setembro, segundo o ministério holandês da Defesa. Ambas as ilhas estão em alerta vermelho, segundo a agência meteorológica francesa, a Météo France.
Da ONU, em Nova York, o presidente da França, Emmanuel Macron, declarou que os devastadores furacões "são uma das consequências diretas do aquecimento global".
— Essas consequências nos permitem compreender plenamente que o aquecimento global não é uma abstração, ou um fenômeno que afetaria apenas nossos filhos e netos. São, hoje, consequências muito diretas para nossas populações — advertiu Macron.