Já condenado pela morte de dois pacientes, o enfermeiro alemão Niels Högel é suspeito por 84 assassinatos na Alemanha entre 2000 e 2005, anunciaram os investigadores nesta segunda-feira (28). Ele teria matado a maioria das vítimas com a aplicação de medicamentos no período de recuperação.
Em junho de 2016, os investigadores já haviam apontado o envolvimento de Högel nas mortes de 33 pacientes em vários centros médicos onde o enfermeiro trabalhava.
– Este número (de mortos) é excepcional, único, na história da República Federal da Alemanha – afirmou o chefe da comissão de investigação, Arne Schmidt.
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Os investigadores admitem que a lista completa de vítimas nunca poderá ser definida com certeza.
– Quem sabe quantos crimes poderão ser identificados? – questionou Thomas Sander, promotor de Oldenburgo.
– O suspeito não se lembra de caso. Porém, em mais de 30 casos recordava de pacientes concretos e de seu comportamento – disse a diretora do Ministério Público da mesma cidade, Daniela Schiereck-Bohlemann.
Högel foi condenado em 26 de fevereiro de 2015 à prisão perpétua pela morte de dois pacientes. Ele também cumpre pena de sete anos e meio de prisão por tentativa de assassinato.
O enfermeiro, no entanto, confessou a um psiquiatra outros 50 assassinatos, o que provocou a abertura de novas investigações em janeiro de 2014. No fim do mesmo ano, ele mencionou outras 60 tentativas de assassinato.
Durante o julgamento em Oldenburgo, Högel pediu perdão às famílias e justificou os atos pelo "tédio". O caso foi revelado em 2005, quando um colega de trabalho surpreendeu Högel no momento em que ele aplicava uma injeção não autorizada em um paciente de uma clínica de Delmenhorst.