Um atentado terrorista ocorreu após o show da cantora norte-americana Ariana Grande, na Maschester Arena, na cidade de Manchester, na Inglaterra, na noite de segunda-feira (22). Ao menos 22 pessoas morreram e 59 ficaram feridas no ataque.
Confira o que se sabe até o momento sobre o ocorrido:
O que aconteceu
Segundo a polícia de Manchester, uma forte explosão ocorreu na entrada da Arena Manchester, local com capacidade para 21 mil pessoas, por volta das 21h30min locais (18h30min no horário de Brasília) de segunda-feira, no final do show da cantora americana Ariana Grande.
Quem cometeu o ataque
Pelo menos quatro pessoas já foram presas durante as investigações. Nesta quarta-feira (24), a polícia britânica anunciou a detenção de três suspeitos de envolvimento no atentado terrorista. Um homem de 23 anos já havia sido preso na terça.
Segundo o delegado da polícia de Manchester, Ian Hopkins, o atentado foi cometido por um homem que explodiu artefatos "improvisados" e morreu no ataque. O suspeito foi identificado pela polícia como Salman Abedi, 22 anos, e investiga-se "se ele atuou sozinho ou se recebeu apoio de uma rede".
Segundo a imprensa britânica, ele nasceu em Manchester, em 1994, e era filho de líbios que fugiram do regime de Muammar Kadhafi. De acordo com o Daily Telegraph, Abedi era o terceiro de quatro irmãos. A polícia afirma que ele carregava uma bomba caseira.
Na noite de terça-feira (23), a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, elevou o nível de alerta terrorista de "grave" para "crítico".
Onde ocorreu a explosão
A explosão ocorreu fora da Mancheter Arena, em um espaço público, próximo a um acesso ao estádio.
Quem reivindicou o ataque
O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou, por meio de um de seus canais habituais nas redes sociais, que "um dos soldados do califado colocou bombas entre a multidão" durante o show. O grupo extremista ameaça também com outros ataques.
O que dizem as testemunhas
As testemunhas do atentado em Manchester afirmam que ouviram estrondos, viram um clarão e depois se formou uma nuvem de fumaça, causando pânico enquanto o público tentava sair do local. Os pais que haviam ido buscar seus filhos depois do show estavam na entrada do estádio.
– Havia corpos por todas as partes – explicou ao jornal The Guardian Elema Semino, que esperava sua filha de 17 anos na bilheteria, e que também ficou ferida.
As reações pelo mundo
Após o ataque, a primeira-ministra britânica, Theresa May, prestou condolências às vítimas e suas famílias e disse que o incidente "está sendo tratado pela polícia como um terrível ataque terrorista". May e seu rival trabalhista, Jeremy Corbyn, decidiram "suspender até segunda ordem" a campanha eleitoral para as legislativas de 8 de junho.
Em sua conta no Twitter, Ariana Grande afirmou estar "despedaçada" e disse que não tem palavras para expressar seus sentimentos. Ele deve suspender a turnê internacional que havia recém iniciado por tempo indeterminado. Diversos artistas também prestaram solidariedade eu suas redes sociais.
Várias mensagens de solidariedade foram enviadas por prefeitos de cidades atingidas por atentados, como o de Londres, Sadiq Khan, e na França os prefeitos de Paris, Anne Hidalgo, e de Nice, Christian Estrosi.
O presidente americano, Donald Trump, expressou sua dor por "tantas pessoas jovens, belas, inocentes, que viviam e desfrutavam de sua vida, (e foram) assassinadas por perdedores maléficos".
Já o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, falou do "horror", enquanto presidente francês, Emmanuel Macron, também expressou seu "terror" e consternação.
A chanceler alemã, Angela Merkel, manifestou sua "tristeza". O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, condenou "com força" o atentado, e o presidente russo, Vladimir Putin, se mostrou disposto a "desenvolver a luta contra o terrorismo" com Londres.
Histórico de ataques
Este é o atentado mais sangrento no Reino Unido em 12 anos. No dia 7 de julho de 2005, quatro atentados coordenados ao mesmo tempo, na hora do rush, em três linhas do metrô e em um ônibus de Londres causaram 52 mortos e 700 feridos nos transportes da capital. Os quatro agressores morreram.
Há dois meses, em 22 de março, cinco pessoas morreram em Londres quando um homem atropelou com seu carro os pedestres que passeavam próximo ao Parlamento. O homem, Khalid Masod, de 52 anos, um cidadão britânico convertido ao islã, foi morto pela polícia. O ataque também foi reivindicado pelo EI.