a Suprema Corte do Paquistão ordenou, nesta quinta-feira, uma investigação mais detalhada sobre as acusações contra o primeiro-ministro Nawaz Sharif, envolvido no caso conhecido como Panama Papers. O tribunal, no entanto, não pediu a destituição de Sharif.
O primeiro-ministro é acusado de ter ocultado a verdade sobre as empresas e os bens imobiliários que seus filhos possuem por meio de sociedades financeiras conhecidas como "offshore".
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O caso surgiu com o vazamento maciço de documentos do escritório de advocacia panamenho Mossack Fonseca, que revelou manobras de evasão fiscal de empresas e personalidades de todo o mundo.
– É necessária uma investigação mais profunda – afirmou o juiz Asif Saeed Khosa ao anunciar a decisão do Supremo, nesta quinta-feira.
O tribunal ordenou a criação, em um prazo de sete dias, de uma comissão de inquérito conjunta com a presença de representantes do Escritório de Combate à Corrupção e do Serviço Secreto militar. A equipe terá 60 dias para as investigações.
Dois dos cinco juízes foram mais longe e exigiram a destituição de Sharif, a quem classificaram de "desonesto".
O caso, iniciado pelo líder da oposição Imran Khan, é destaque há vários meses na imprensa do Paquistão, que deve realizar eleições gerais em 2018, ao final do terceiro mandato de Sharif.
– Todas as explicações que deram ao Tribunal Supremo sobre suas fontes de renda são mentirosas – disse à imprensa Khan, que pediu a renúncia de Sharif até que a investigação seja concluída.
*AFP