Pelo menos 16 pessoas morreram e sete estão desaparecidas após deslizamentos de terra causados pela forte chuva que atingiu na quarta-feira à noite a cidade colombiana de Manizales, capital do departamento de Caldas, no centro do país, segundo o último balanço da Cruz Vermelha. As chuvas atingiram oito bairros, há cerca de 100 imóveis afetados e 23 feridos.
Os bairros mais afetados pelos deslizamentos são os de Aranjuez, Persa, Sierra Morena, González e Granjas e Viviendas, com mais de 400 mil habitantes e situada em região montanhosa.
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Em entrevista por telefone, o prefeito de Manizales, José Octavio Cardona, disse que a chuva torrencial de ontem não têm antecedente na cidade.
– O que acontece é que temos históricos de chuva que nunca tinham sido registrados em Manizales – afirmou Cardona.
Ele acrescentou que "ontem à noite caíram 96 milímetros, e o histórico médio da cidade estava em 85", de acordo com o Instituto de Hidrologia, Meteorologia e Estudos Ambientais (Ideam). Em uma noite, choveu mais do que costuma chover em um mês.
Essa nova tragédia ocorre 20 dias depois de um deslizamento que deixou mais de 300 mortos na cidade colombiana de Mocoa, capital do departamento de Putumayo, no Sul do país.
Diante da emergência em Manizales, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, visitou a região.
– Nossos corações estão com as famílias das vítimas. Viemos prestar nossa solidariedade e acompanhá-los nessa tragédia – disse Santos, que pediu que a população se mantenha em alerta permanente devido à previsão do Ideam de mais chuva em Manizales.
Por sua vez, o diretor-geral da Unidade Nacional para Gestão do Risco de Desastres (UNGRD), Carlos Iván Márquez, afirmou que os trabalhos se concentrarão na busca das pessoas desaparecidas.
– A assistência humanitária está garantida e o processo de recuperação de moradias será uma das metas do plano de ação. Faremos uma visita à região com o presidente da República – disse Márquez.
Ele anunciou ainda que serão distribuídos kits para 500 famílias com ajuda humanitária alimentar e não alimentar, além de um subsídio de 150 mil pesos (R$ 150) às famílias afetadas para que se desloquem para moradias temporárias.