Pelo menos 553 pessoas morreram desde janeiro por cólera e diarreia aguda na Somália, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). O país é ameaçado pela fome e deverá somar cerca de 50 mil pacientes afetados pelas epidemias até o final de junho, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A OMS informa que cerca de 25 mil pessoas foram afetadas por cólera e diarreia desde o início de 2017 na Somália, devastada pela seca. A taxa de letalidade (risco de morte causada pela doença) relacionada à epidemia é de 2,1% atualmente, percentual duas vezes superior ao limiar de emergência (fixado em 1%).
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A situação é particularmente preocupante nas regiões de Juba Oriental e de Bakol, no sul do país, onde a taxa de mortalidade associada ao surto de cólera e diarreia atinge respectivamente 14,1% e 5,1%.
Cerca de 6,2 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária urgente na Somália. Destas, 2,9 milhões estão em estado de "crise ou de emergência" (nas fases 3 e 4 numa escala de 5, de acordo com a classificação utilizada pela ONU. A fase 5 é a fome aguda).
A crise humanitária tem provocado muitos deslocamentos – mais de meio milhão desde novembro. A seca no país deve continuar a médio prazo e as Nações Unidas não preveem melhoria nos próximos seis meses. Em 2011, a última grande fome na Somália matou pelo menos 260 mil pessoas, segundo a ONU.
*AFP