Os islamitas do Boko Haram mataram oito civis e cinco soldados em dois ataques separados no nordeste da Nigéria neste fim de semana - informaram diferentes fontes neste domingo.
No sábado, nove pessoas que saíram para cortar lenha a cerca de dez quilômetros de Maiduguri, capital do estado de Borno, foram detidas perto da aldeia de Kayamla por um grupo de combatentes. Eles mataram oito pessoas, segundo habitantes de uma aldeia próxima e milicianos anti-Boko Haram.
– Os homens armados detiveram a caminhonete e juntaram os homens. Mataram oito deles e queimaram seus corpos – relatou Babakura Kolo, membro de uma dessas milícias civis.
– Enterramos meu vizinho no sábado à noite (...) Cortaram a garganta dele e queimaram o corpo – confirmou o morador Mohammed Abubakar.
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Segundo ele, os lenhadores sabiam da presença de extremistas, mas "ignoraram a advertência, porque buscavam desesperadamente um meio de alimentar suas famílias e cortar lenha é sua única opção".
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO, na sigla em inglês), 3,6 milhões de pessoas serão afetadas pela crise alimentar no estado de Borno antes de agosto. Esse número representa quase o dobro do ano passado.
Na sexta-feira, cinco militares morreram em um outro ataque, a 50 quilômetros de Maiduguri.
– Às 13h (horário local), um grupo de supostos terroristas do Boko Haram armaram uma emboscada para uma patrulha na aldeia de Mafa, matando cinco soldados. Dois ficaram feridos – declarou um oficial, que pediu para não ser identificado. Um miliciano confirmou a informação para a AFP.
Nesse mesmo dia, eles também sequestraram 13 mulheres de um grupo que havia saído para colher frutas perto da localidade de Hambagda, na fronteira com Camarões, segundo relatos de moradores.