A Procuradoria alemã informou neste sábado que está examinando uma nova carta que reivindica o atentado cometido na terça-feira contra um ônibus do clube de futebol Borussia Dortmund. O ônibus havia acabado de sair do hotel onde a equipe estava hospedada e se dirigia ao estádio para um jogo da Liga dos Campeões contra o Monaco quando três bombas explodiram nas proximidades do veículo, ferindo duas pessoas, o zagueiro espanhol Marc Bartra e um policial.
Quatro dias após o ataque, os investigadores ainda são incapazes de decifrar o que aconteceu na terça-feira. O jornal Tagesspiegel revelou neste sábado que recebeu uma nova reivindicação, desta vez procedente de organizações de extrema-direita, que criticam o multiculturalismo e ameaçam realizar outro ataque.
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– Nós temos a carta de reivindicação. Estamos examinando – afirmou Frauke Koehler, porta-voz da Procuradoria Federal a respeito de um e-mail recebido pelo Tagesspiegel.
Os investigadores também estudaram mensagens publicadas por grupos de extrema-esquerda na internet para reivindicar o ataque, embora os procuradores também duvidem de sua autenticidade. Três cartas idênticas encontradas perto do local do ataque sugeriam uma ligação com grupos islâmicos, mas as autoridades não acreditam na autenticidade destas reivindicações.
E a polícia descartou a participação do único suspeito detido até agora, um cidadão iraquiano que fez parte do grupo Estado Islâmico.
Os jogadores do Dortmund, apesar de chocados com o ataque, disputaram a partida da Liga dos Campeões contra o Monaco na quarta-feira, perdendo por 2 a 3 para a equipe francesa.
O treinador da equipe alemã, Thomas Tuchel, criticou a decisão de adiar a partida em apenas um dia depois do ataque, garantindo que a UEFA havia tratado os seus jogadores como se tivessem jogado apenas "uma lata de cerveja" contra seu ônibus.
O clube alemão receberá neste sábado o Eintracht Frankfurt em partida da Bundesliga.
O Dortmund pediu aos torcedores para que cheguem cedo no estádio em razão do reforço das medidas de segurança e pediu para evitar trazer bolsas ou mochilas.