Pelo menos duas pessoas morreram nos protestos que tomaram conta da capital Seul após o afastamento definitivo da presidente sul-coreana Park Geun-hye. As informações foram confirmadas pela polícia para a agência local de notícias Yonhap.
As vítimas seriam dois homens, de 72 e 60 anos, encontradas próximo ao Tribunal Constitucional, cujos integrantes ratificaram o impeachment da presidente, aprovado anteriormente pelo Parlamento devido à suposta ligação com o caso de corrupção da Rasputina.
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Milhares de apoiadores reagiram ao afastamento definitivo da primeira mulher a ser eleita presidente do país em meio a uma trama de corrupção envolvendo uma amiga pessoal dela. Portando bandeiras da Coreia do Sul, os manifestantes gritam e jogam objetos nos policiais que cuidam da segurança do tribunal.
A polícia afirma que outras duas pessoas ficaram feridos, enquanto os organizadores da manifestação pró-Park disseram à Yonhap que pelo menos oito manifestantes sofreram lesões.
Mais de 21,6 mil policias foram deslocados para isolar a Corte, a Casa Azul, a sede da presidência e outros edifícios governamentais de Seul por causa das manifestações contrárias e favoráveis a Park.
Futuro do país
Park Geun-Hye estava afastada pelo Parlamento desde dezembro passado. Com a cassação, ela perdeu sua imunidade e a Coreia do Sul é obrigada a realizar novas eleições presidenciais em até 60 dias.
O veredicto representa a primeira destituição de um chefe de Estado e a primeira antecipação do pleito na Coreia do Sul, desde que o país voltou a realizar eleições democráticas, em 1987, após o mandato de duas juntas militares – uma das quais liderou o general Park Chung-hee, pai de Park Geun-hye.
*com informações de agências