O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, anunciou, nesta terça-feira, que vai adotar "novas medidas" contra a Holanda. O mandatário acusou o país europeu de "terrorismo de Estado" por ter impedido a participação de dois ministros da Turquia em comícios da comunidade turca.
Erdogan disse que a vitória do "Sim" no referendo constitucional de 16 de abril será a melhor resposta aos "inimigos" da Turquia.
– Vamos trabalhar em mais medidas contra a Holanda – declarou. – Esses erros não são resolvidos com desculpas, temos que fazer mais – acrescentou.
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Erdogan comentou ainda a matança de Srebrenica, em 1995, que os Capacetes Azuis holandeses não conseguiram impedir.
– Conhecemos a Holanda e os holandeses pela matança de Srebrenica. Sabemos como é sua moral, está quebrada pelos 8 mil bósnios que foram massacrados – afirmou Erdogan. – Ninguém deve nos dar lições de civilização – insistiu.
Holanda e Turquia estão imersos em uma crise diplomática desde sábado, quando o governo holandês impediu uma visita prevista do chanceler turco Mavlut Cavusoglu e, depois, expulsou a ministra turca da Família, Fatma Betul Sayan Kaya.
Erdogan respondeu de forma veemente, acusando a Holanda, como fez antes com a Alemanha, de práticas "nazistas e fascistas".
Em julho de 1995, cerca de 8 mil muçulmanos foram massacrados pelas forças sérvias da Bósnia no encrave de Srebrenica. Foi a pior matança cometida na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
*AFP