A Coreia do Sul sugeriu, nesta terça-feira, uma suspensão dos "direitos e privilégios" da Coreia do Norte na ONU e sua exclusão da Conferência sobre o Desarmamento, após o assassinato do meio-irmão do líder norte-coreano na Malásia.
Durante a Conferência sobre o Desarmamento, órgão da ONU em Genebra, o ministro sul-coreano das Relações Exteriores, Yun Byung-se, exigiu "medidas coletivas" contra a Coreia do Norte.
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Este pedido chega depois do procurador-geral da Malásia anunciar que duas mulheres serão acusadas pelo assassinato em Kuala Lumpur de Kim Jong-nam, que morreu devido a um agente neurotóxico.
O meio-irmão do líder norte-coreano Kim Jong-un foi assassinado em 13 de fevereiro no aeroporto internacional de Kuala Lumpur. Segundo Seul, o crime foi planejado por Pyongyang.
– No dia seguinte deste ato de ódio na Malásia, temos que analisar as medidas para as próximas semanas e meses – declarou Yun Byung-se, acrescentando que "chegou o momento, para todos nós, de examinar seriamente a necessidade de tomar medidas extraordinárias", inclusive na ONU.
– Isto poderia ser na forma de suspensão dos direitos e privilégios como membro da ONU, como prevê a resolução 2321 do Conselho de Segurança – afirmou o ministro.
– Se o governo da Malásia concluir que as autoridades da Coreia do Norte estão por trás deste ato criminoso, é importante que a Conferência sobre o Desarmamento questione a qualidade de membro da Coreia do Norte – acrescentou.
*AFP