Senadores republicanos apresentaram, na segunda-feira, uma proposta para substituir o Obamacre, plano de assistência médica aprovado pelo ex-presidente Barack Obama. De acordo com os senadores Bill Cassidy, de Louisiana, e Susan Collins, de Maine, autores da proposta, o novo plano prevê que os Estados, e não o governo federal, devem passar a cuidar das políticas públicas de saúde. O objetivo da proposta é tornar os planos de saúde acessíveis a milhões de famílias americanas ainda não cobertas por assistência médica.
O Obamacare é uma lei de cuidados de saúde acessíveis às famílias de baixa renda, que se tornou um ponto de discordância do eleitorado norte-americano durante as últimas eleições. O então candidato Donald Trump criticou duramente a lei e prometeu revogá-la se ganhasse as eleições. Antes da posse de Trump, o Senado e a Câmara dos Deputados se adiantaram e aprovaram o início do processo de desmantelamento do Obamacare, apesar das preocupações dos parlamentares com o fato de não haver ainda um projeto para substituir a lei.
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Instabilidade nos mercados
Embora a intenção seja aprovar um plano superior ao Obamacare, os senadores estão com receio de criar uma instabilidade nos mercados de seguros de saúde dos Estados Unidos. Se houver um abalo, os resultados seriam contrários ao desejado pelos autores da proposta, uma vez que, em vez de melhorar a situação da assistência médica das famílias norte-americanas, o sistema provocaria uma situação em que milhões de pessoas teriam a cobertura interrompida ou retirada.
A senadora Susan Collins disse que os republicanos não devem revogar as partes principais do Obamacare até que tenham certeza sobre o que querem colocar no lugar. Ela chamou a atenção dos parlamentares de seu partido para que não deixem "lacunas desnecessárias e evitáveis na cobertura" do sistema de saúde, que possam trazer prejuízos aos pacientes.
Susan Collins destacou que a proposta encaminhada é "ainda é um trabalho em andamento". Ela disse esperar que os senadores possam melhorar o plano.
– Estamos completamente abertos a isso – afirmou.
Ela chamou a atenção, no entanto, para o prazo das modificações a serem feitas.
– Se não colocarmos uma legislação específica sobre a mesa que possa ser debatida, refinada, alterada e promulgada, então falharemos (em relação) à expectativa do povo americano – afirmou.