Treze grandes grupos europeus e asiáticos unirão esforços para promover o hidrogênio como fonte de energia limpa com o objetivo de reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Na terça-feira, o Conselho do Hidrogênio realizou a primeira reunião, em Davos, onde ocorre o Fórum Econômico Mundial. O grupo é formado por empresários ligados ao setor de energia e automobilismo.
– Atores chave da energia, do transporte e do setor industrial unem suas forças para expressar uma visão comum do papel central que o hidrogênio terá na transição energética – disse o presidente do novo conselho, Benoît Potier, responsável do grupo de gases industriais Air Liquide.
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Concretamente, as 13 companhias (Air Liquide, Alstom, AngloAmerican, BMW, Daimler, Engie, Honda, Hyundai, Kawasaki, Shell, Linde, Total e Toyota) compartilharão dados e pesquisas para fomentar o uso do hidrogênio em nível global, uma energia que não emite CO² quando é consumida.
– Até o momento, sem um grande apoio dos poderes públicos, a transformação (a uma energia sem CO²) é impossível – disse Takeshi Uchiyamada, presidente do construtor de automóveis japonês Toyota.
O novo conselho afirma que, além de alimentar as células de combustível, o hidrogênio também serve para aproveitar a parte de energias renováveis (solar ou eólica) que é produzida, mas se perde porque não pode ser armazenada.
Patrick Pouyanné, presidente da Total, afirmou que "dominamos as tecnologias, mas agora o desafio é desenvolver seu uso de maneira maciça".
– Se conseguirmos fazer os custos do conjunto da cadeia de produção baixarem, amanhã o hidrogênio será uma solução para transportar esta energia para onde precisamos dela – disse Didier Holleaux, do grupo Engie.
Bertrand Piccard, o piloto suíço que em julho deu a volta ao mundo com um avião impulsionado por energia solar, o Solar Impulse 2, também é um grande defensor do hidrogênio.
– Há vinte anos falamos do hidrogênio um pouco como os adolescentes falam do sexo. Todos falam dele, mas ninguém o faz. Hoje podemos fazê-lo – afirmou.