Um militar foi condenado a 30 anos de prisão na Venezuela pela morte de uma estudante durante protestos contra o presidente Nicolás Maduro, convocadas em 2014, pela detenção do líder opositor Leopoldo López. A informação foi confirmada, na quarta-feira, pelo Ministério Público do país.
Em 19 de fevereiro de 2014, o sargento Albin Bonilla Rojas, integrante da Guarda Nacional, disparou à queima-roupa com uma arma de chumbinho contra Geraldine Moreno, de 23 anos, que faleceu três dias depois em um hospital. O incidente ocorreu na cidade de Valencia, no estado de Carabobo, centro-norte da Venezuela.
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Dois anos e dez meses depois, a Justiça declarou Bonilla culpado por "homicídio qualificado com premeditação por motivos fúteis, quebras de pactos e acordos internacionais (de direitos humanos), uso indevido de arma orgânica e tratamento cruel", disse o Ministério Público por meio de comunicado.
O também sargento Francisco Caridad Cardoso foi condenado a 16 anos e 6 meses de prisão por "cumplicidade", acrescentou o texto.
O crime de tratamento cruel está vinculado a ferimentos menores sofridos por outro manifestante durante os incidentes.
Devido aos protestos contra Maduro registrados em todo o país no início de 2014, que deixaram 43 mortos, López cumpre condenação de quase 14 anos de prisão por acusações de incitação à violência.