A coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI) pode ter causado mortes de civis, na quinta-feira, durante um ataque aéreo contra o estacionamento de um hospital do norte do Iraque. As informações foram divulgadas por fontes militares.
O exército iraquiano, apoiado pela coalizão, começou a segunda fase da ofensiva para retomar Mossul. A cidade é a segunda maior do Iraque e permanece controlada pelo EI há mais de dois anos. Um avião da coalizão detectou uma "caminhonete que transportava combatentes do EI" na área, segundo o CENTCOM, o comando militar americano para o Oriente Médio.
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O ataque ocorreu "no que depois se determinou como sendo o estacionamento de um hospital, o que poderia acarretar vítimas civis", segundo uma declaração.
Os combatentes do EI tinham sido vistos disparado uma arma antitanque "antes de embarcar a arma em uma caminhonete e sair no carro", acrescentou o CENTCOM, prometendo que o incidente será "investigado plenamente e os resultados, publicados de forma transparente e oportuna".
A coalizão diz que está tomando amplas medidas de precaução para evitar o massacre de civis durante os ataques contra alvos do EI. Costuma usar bombas guiadas de precisão ou mísseis para disparar contra alvos observados durante horas através de drones.
A coalizão já admitiu ter matado pelo menos 173 civis em seus ataques no Iraque e na Síria desde o começo de sua campanha contra o EI, uma cifra que os observadores independentes consideram altamente subestimada. A ONG Airwars, com sede em Londres, calcula que a cifra real é superior aos 2 mil civis.