Google e Facebook anunciaram medidas nesta terça-feira para cortar as receitas publicitárias de sites de notícias falsos. A decisão ocorre após as críticas às redes sociais pelo papel dessas páginas falsas na eleição de Donald Trump.
"Estamos trabalhando em uma atualização de nossas políticas de publicação e começaremos a proibir as publicidades do Google nos conteúdos enganosos, como proibimos a publicidade enganosa", disse a empresa em um comunicado à AFP.
"No futuro restringiremos os anúncios publicitários nas páginas que distorcem ou mascaram a informação sobre o editor, o conteúdo e o principal objetivo do proprietário do site", acrescentou a Google.
O Facebook implementará uma política parecida, segundo um porta-voz.
"Nós não incluímos ou não mostramos anúncios em aplicativos ou em sites cujo conteúdo é ilegal ou enganoso, incluindo as informações falsas", afirmou um comunicado da rede social.
"Até agora estava subentendido, mas atualizamos nossas políticas para expressar claramente que isso se refere às noticias falsas. Nossa equipe continuará monitorando todos os editores potenciais e os que já existem para garantir que cumpram com essas diretrizes", acrescentou.
A vitória de Donald Trump na eleição presidencial americana de 8 de novembro jogou luz sobre a mídia on-line e as redes sociais, em particular no que diz respeito a informações falsas ou pouco sérias, que elas ajudam a propagar.
Entre as notícias falsas compartilhadas on-line destacou-se uma em que a candidata democrata Hillary Clinton fazia um convocação à "guerra civil caso Trump fosse eleito". Outra dizia que "o papa Francisco comoveu o mundo ao apoiar Donald Trump para presidente".