Líderes mundiais davam os retoques finais a um acordo, em Ruanda, para banir os nocivos gases de efeito estufa em refrigeradores e condicionadores de ar - um grande avanço no combate ao aquecimento legal.
No entanto, as negociações foram obstaculizadas por grandes países em desenvolvimento, como a Índia, que debatiam o cronograma para eliminar o uso de clorofluorcarbonos (HFCs) e o financiamento da transição.
Contudo, alguns delegados já comemoravam um pré-acordo de princípios, e discutiam os detalhes finais em sessões noturnas.
"Representantes nacionais negociavam agora os últimos detalhes da emenda", escreveu no Twitter o ministério ruandês de recursos naturais.
"É uma grande conquista para o clima. Demos um grande passo concreto rumo ao cumprimento das promessas que fizemos em Paris em dezembro passado", declarou Miguel Arias Canete, comissário da União Europeia em um comunicado antes da adoção do acordo.
Os HFCs foram introduzidos nos anos 1990s para substituir produtos químicos, que haviam sido banidos por causar o buraco na camada de ozônio, mas revelaram-se catastróficos para o aquecimento global.
No entanto, trocar HFCs por refrigerantes alternativos, como amônia, água ou hidrofluorolefinas (HFO), podem custar caro para países em desenvolvimento afetados por temperaturas elevadas, como a Índia.
Estes países querem adotar uma data posterior para dar início à fase de eliminação destes gases.
"Há questões de custo, há questões de tecnologia, há questões financeiras", afirmou Ajay Narayan Jha, do ministério de meio ambiente e mudanças climáticas da Índia.
"Gostaríamos de enfatizar que qualquer acordo terá que ser flexível para todos os lados envolvidos. Não pode ser flexível de um lado e não do outro", prosseguiu.
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