O diretor-executivo do Greenpeace International, Kumi Naidoo, solicitou um encontro com o presidente russo, Vladimir Putin, para defender os 28 ativistas da ONG ecologista, entre eles uma brasileira, detidos na Rússia em setembro por uma ação no Ártico.
- Estimado presidente Putin, (...) peço um encontro de urgência - , escreveu Naidoo em uma carta enviada nesta quarta-feira à embaixada da Rússia em Haia, segundo um comunicado do Greenpeace.
Naidoo mostrou-se disposto a viajar à Rússia o mais rápido possível para se converter em - fiador do bom comportamento dos ativistas do Greenpeace, se forem libertados sob fiança -.
Uma equipe da guarda-costeira russa rebocou no dia 19 de setembro o "Artic Sunrise" em direção à costa russa, depois que alguns ativistas tentaram escalar uma plataforma petrolífera da gigante Gazprom para denunciar os riscos desta atividade no meio ambiente.
Os membros da tripulação, em detenção provisória, são acusados de "pirataria em grupo organizado", crime passível de até 15 anos de prisão.
Entre eles encontra-se a bióloga Ana Paula Maciel, uma brasileira que participava da ação do Greenpeace.
- Você sabe que as acusações de pirataria contra os ativistas apontam a um crime que nunca cometeram -, escreveu Naidoo, que convocou Putin, - como presidente da Rússia, a retirar estas excessivas acusações de pirataria (...) e a libertar imediatamente os dois fotógrafos freelance, que não são membros do Greenpeace -.
Perguntado pelas agências russas, o porta-voz do presidente Putin, Dimitri Peskov, indicou não ter conhecimento desta carta.
- Não podemos dizer nada sobre o conteúdo da carta, ainda não a vimos -, disse Peskov à agência russa Interfax.
Rússia
Diretor do Greenpeace pede para falar com Putin sobre ativistas detidos
Por meio de carta, Kumi Naidoo afirmou que se oferece como garantia de fiança para a liberação de grupo detido na Rússia
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