- Jesus nasce, morre e vive como judeu de origem camponesa, tinha ótica camponesa de encarar o mundo. Não se admite que um líder de gente pobre e explorada tivesse dinheiro para comprar um terreno e construir coisas caras como esses ossários? E o nome Jesus é muito comum - sustenta André Chevitarese, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Autor de livros como Jesus Histórico - Uma Brevíssima Introdução, Chevitarese compara o movimento liderado por Jesus, de judeus oprimidos pelos romanos, com a Coluna Prestes na República Velha.
- Eles não podiam parar. As autoridades estavam sempre no calcanhar deles - compara.
E acrescenta:
- Não se encontram ossos de judeus crucificados - diz Chevitarese.
Francisco Marshall, que desde 1996 lidera projetos arqueológicos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) em Israel, é ainda mais cético. Diz ser "impossível" qualquer conclusão da sua área sobre o tema, pois os escritos evangélicos não são contemporâneos aos episódios narrados e porque "um miserável seminômade" como Jesus não deixaria vestígios.
- Não existe, nunca existiu e jamais existirá arqueologia de personagens daquela natureza