Com 119 km², o pedaço de gelo é duas vezes maior do que a ilha de Manhattan, nos Estados Unidos, e não deve afetar diretamente os níveis do oceano.
Ele deve se partir em vários e seguir em direção ao norte e depois ao oeste, até parar na província canadense de Newfoundland, previram cientistas ontem. A rachadura de 24 quilômetros na ponta norte do Petermann, que cobre quatro quintos da Groenlândia, era visível desde 2001, segundo a Nasa. Imagens do satélite Aqua registraram a placa rachando e se soltando da geleira no mar entre segunda e terça-feira. "Não é grave, mas certamente, é um evento muito importante", escreveu o porta-voz da Nasa Eric Rignot.
Para o especialista da Universidade de Delaware Andreas Muenchow, o fenômeno é "dramático e preocupante". "Mas, ao contrário do que se poderia pensar, a perda desses blocos de gelo terá pouco efeito direto nos níveis do oceano, já que a plataforma de gelo flutuante entre 100 e 150 metros de espessura se encontra em águas oceânicas próximas do ponto de congelamento", explicou em seu blog.