Pelo menos 12 pessoas, entre elas oito mulheres, morreram na noite desta sexta-feira para sábado na Síria por disparos feitos pelo exército contra a cidade de Deraa, anunciou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).
Os disparos caíram em uma região residencial da cidade, berço do desafio ao regime do presidente Bashar al-Assad, completa o comunicado da OSDH. As operações de repressão e os confrontos entre soldados e rebeldes, que se intensificaram na capital, mataram outras 26 pessoas na sexta-feira em todo o país, na maioria civis, segundo a OSDH.
Na quarta-feira, 55 pessoas, incluindo mulheres e crianças, morreram em Al Kubeir, uma aldeia na província de Hama (centro), segundo o OSDH, que, junto à oposição síria, culpou pelo massacre os "chabbihas", as milícias do regime.
As autoridades de Damasco desmentem, no entanto, que o massacre tenha ocorrido, afirmando que apenas houve nove vítimas, assassinadas por "grupos de terroristas", termo oficial para designar os rebeldes e opositores. Mais de 13,4 mil pessoas, a maioria civis, morreram em quase 15 meses da revolta reprimida a sangue, segundo o OSDH.
Nesta sexta-feira, observadores das Nações Unidas chegaram ao local onde um massacre deixou ao menos 55 mortos na Síria, em uma segunda tentativa do ocidente de pressionar a ONU por sanções contra Damasco.
O porta-voz da ONU, Martin Nesirky, informou aos jornalistas em Nova York que a missão conseguiu entrar em Al-Koubeir, mas não deu outras informações, um dia após terem sido alvo de tiros ao tentar entrar no vilarejo.
- Não estamos em posição de dar maiores detalhes até que as equipes retornem com novas descobertas - explicou o porta-voz.
Ao menos 55 pessoas morreram na quarta-feira no ataque em Al-Koubeir, uma área rural sunita com cerca de 150 habitantes cercada por vilarejos alauítas na província de Hama, indicou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH).