A 17ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP-17) adotou decisão histórica neste domingo na África do Sul. Foi firmado acordo para dar um novo rumo na luta global contra as alterações climáticas nas próximas décadas.
A conferência, com 194 nações, concordou em iniciar negociações para que todos os países adotem o mesmo regime jurídico e cumpram seus compromissos de controlar os gases que produzem o efeito estufa. O acordo global seria adotado em 2015 para entrar em vigor no mais tardado até 2020.
Atualmente, apenas países desenvolvidos têm metas de redução de emissões vinculadas ao Protocolo de Kyoto, assinado em 1997. Estes compromissos expiram no ano que vem, mas serão estendidos por mais cinco anos, conforme o acordo alcançado neste domingo.
O texto aprovado prevê participação de todos os países no processo para reduzir o volume de carbono na atmosfera. Vale inclusive para os menos desenvolvidos, o que era condição imposta pela União Europeia para se somar à prorrogação do Protocolo de Kyoto. Países como Rússia, Japão e Canadá, no entanto, relutam em fazer parte da próxima fase do protocolo.
O pacote aprovado inclui ainda a criação do Fundo Verde para o Clima, estipulado em Cancún, no México. A meta seria ajudar países em desenvolvimento a enfrentar os estragos da mudança climática.
O acordo foi adotado após duas semanas de negociações. A COP-17 deveria ter acabado na última sexta-feira, mas acabou sendo prorrogada. Impasses entre União Europeia, Índia, China e Estados Unidos quase fizeram a negociação fracassar.
Mudanças climáticas
Conferência adota acordo histórico para reduzir emissão de poluentes
Acordo global deve ser adotado em 2015 para entrar em vigor até 2020
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