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Planejando o futuro: os gastos da geração "sanduíche" com filhos e pais idosos

Este conteúdo faz parte do caderno especial Acerto de Contas, com curadoria da colunista Giane Guerra, sobre finanças

Giane Guerra

Economia

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Consultora financeira recomenda que família tenha reservas diferentes com objetivos específicos.

A projeção de gastos ganha outro patamar quando o casal tem filhos, alegria incomparável que merece ser desfrutada com tranquilidade. De largada, há despesas com fraldas e vacinas, passando, no futuro, à mensalidade da faculdade e até um intercâmbio. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), um terço da renda familiar é para criação dos pequenos. Com o dado, o Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) calculou que manter um filho até os 18 anos exige de R$ 480 mil a R$ 1,2 milhão da classe C, de R$ 1,2 milhão a R$ 2,4 milhões da classe B e mais de R$ 3,6 milhões da classe A.  

Sem certeza de que se terá mais renda quando preciso, a economia deve começar o quanto antes. Jovens têm menos despesas essenciais. O educador financeiro Carlos Castro lembra de deixar o dinheiro bem aplicado para não perder valor. Ana Carolina Negrini, advogada de 24 anos, e Luan Cardoso, treinador de handebol e administrador de 33, moram juntos há seis anos e uma de suas economias foi criada para ter um filho daqui a dois anos. 

— É uma responsabilidade. Agora, não teríamos condições. Precisamos ter uma boa reserva para pelo menos o começo dessa nova vida — diz Ana.

Pais

Ter reservas diferentes com objetivos específicos é uma dica da consultora financeira Camila Bavaresco, que enfatiza a saúde e cita um gasto crescente: cuidar de pais idosos. Alguns, além de tempo, precisam de ajuda financeira. A chamada geração sanduíche precisa atender filhos e pais. Só quem vive sabe os gastos, de medicação a cuidadores. Com famílias menores, há menos pessoas para dividir. Guardar dinheiro cedo é diferencial. Por ser um “pé de meia” de longo prazo, o juro sobre a própria rentabilidade eleva a reserva sem aumentar tanto o esforço do poupador.   

— Reavalie seguros de saúde, vida e incapacidade seus e dos familiares, para garantir que tenham cobertura suficiente — indica também a planejadora financeira Leticia Camargo.  

A discussão deve avançar. Nos Estados Unidos, há empresas criando benefícios para funcionários que cuidam de pais idosos. 

Quem paga as despesas na casa do porto-alegrense: 

  • 23% - Compartilhada de forma proporcional à renda.
  • 15% - Compartilhada sem combinação rígida.
  • 5,6% - Não sabe como funciona.
  • 31,4% - Apenas um integrante da família.
  • 25% - Compartilhada de forma igual.

Fonte: Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL POA)

Sugestões para cuidar de pais idosos:

  • Contrate seguro para doenças graves, como câncer, derrame e infarto.
  • Coloque os pais como dependentes do Imposto de Renda.
  • Cogite fazer contribuições pelos pais ao INSS para garantir a previdência social.
  • Informe-se e fique alerta sobre golpes financeiros contra idosos. 

Leia a primeira edição do caderno Acerto de Contas

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