O abastecimento de combustível segue garantido em Porto Alegre e na Região Metropolitana, de acordo com o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes do Estado (Sulpreto), João Carlos Dal’Aqua. A chegada da matéria-prima às cidades, no entanto, pode "demorar um pouco mais" por eventuais obstruções ou destruições de estradas e de postos de combustíveis. Ainda assim, o dirigente é enfático:
— O consumidor tem que fazer a parte dele. Não vai faltar. Se não achar combustível de manhã, vai achar de tarde.
O fornecimento de combustíveis fósseis chegam por ligação dutoviária da refinaria Refinaria Alberto Pasqualini (Refap), em Canoas, e às bases de distribuição no entorno. As bases que abastecem a Região Metropolitana estão localizadas nos municípios de Esteio e Canoas. Duas delas estão inoperantes, Ipiranga e Unibraspe, em função das cheias que atingiram as localidades. Mesmo assim, Dal’Aqua reforça que não há risco de desabastecimento:
— A Petrobrás manda gasolina direto para tubulação por essas bases. O que não chega nessas duas compensa nas outras.
Em São Leopoldo e Eldorado do Sul, no entanto, o abastecimento tem sido prejudicado. Devido a alagamentos e destruição de estradas, os caminhões enfrentam dificuldade de acesso aos dois municípios.
Além disso, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) afirmou em nota que o acesso ao biodiesel e ao etanol anidro está dificultado na Região Metropolitana. "Esses biocombustíveis regularmente chegariam por via rodoviária ou ferroviária às bases de distribuição em Esteio e Canoas/RS. Todavia, no momento, há diversos bloqueios nas estradas e ferrovias do Estado, que impedem a regularidade do abastecimento desses biocombustíveis", esclareceram em comunicado.
Diante desse cenário, a ANP adotou medidas temporárias que possam assegurar o fornecimento de combustíveis com o controle da qualidade adequada, dentre outros, autorizando a flexibilização da mistura de biodiesel no diesel e de etanol na gasolina.
Sobre o preço
Ainda que a Sulpreto entenda que o preço dos combustíveis seja uma questão individual, de cada posto, manifestou não concordar com o aumento sem justificativa da matéria-prima.
— Agora, tem um outro lado, às vezes a pessoa tem dois, três dias sem produto e, quando vem, pode vir mais caro — lembra o presidente do sindicato.