Mais de mil pessoas permanecem fora de casa devido às cheias dos rios localizados na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul. A situação é mais crítica nos municípios de Alegrete, Rosário do Sul e Uruguaiana, onde dezenas de famílias foram atingidas por enchentes. As três cidades, somadas, contabilizam cerca de 800 pessoas afetadas.
O levantamento é da coordenadoria regional de Proteção e Defesa Civil, que vem monitorando o nível dos rios da região. Nos últimos dias, houve declínio em alguns pontos, mas de forma lenta. O cenário atual ainda é considerado insuficiente para que os atingidos pelas inundações possam retornar para suas residências.
— Nós estamos trabalhando essa questão junto aos municípios. Precisamos conversar com as pessoas para que elas não tenham pressa, para que elas possam voltar para casa com uma tranquilidade maior, sem precisarem ser removidas novamente tão cedo — afirma o capitão Luiz Sandro de Souza Martins.
Essa cautela do órgão está diretamente relacionada com o retorno das chuvas ao Estado. Alertas divulgados pela Defesa Civil do Rio Grande do Sul chamam a atenção para a possibilidade de mais transtornos associados à instabilidade.
— Os nossos rios têm uma elevação mais súbita. Se tivermos um acumulado significativo de chuva nos próximos dias, novamente teremos transbordo deles — ressalta o coordenador regional.
Os últimos dados repassados pela coordenadoria regional apontam que o Rio Ibirapuitã, na região de Alegrete, registra nível próximo de 11m, enquanto a cota de inundação é de 9m70cm. Em Uruguaiana, o Rio Uruguai está cerca de um metro mais elevado que a cota de 8m50cm metros.
Em Manoel Viana, onde há 40 pessoas atingidas, o nível do Rio Ibicuí permanece próximo dos 12 metros, dois metros acima da cota de inundação.