O deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ), em publicação no Twitter, escreveu sobre o caso de violência e desaparecimento envolvendo a comunidade ianomâmi e exigiu resposta das autoridades. "CADÊ OS YANOMAMI? Após denúncias de estupro e morte de uma menina de 12 anos e do desaparecimento de uma criança de três anos, a comunidade Aracaçá está desaparecida e as casas foram queimadas. Exigimos respostas!", registrou Molon. Ao menos 20 moradores da comunidade desapareceram.
Na manhã desta terça-feira (3), a indagação "CADÊ OS YANOMAMI?" entrou para os assuntos do momento no Twitter do Brasil, com usuários, artistas e ativistas cobrando uma investigação do caso.
O caso
Uma menina ianomâmi de 12 anos foi estuprada até a morte por garimpeiros na comunidade Aracaçá, na área de Waikás, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, segundo denúncia feita por Júnior Hekurari, líder indígena na região, no dia 25 de abril. Outra criança de três anos foi jogada em um rio pelos garimpeiros e desapareceu. Naquela data, o Ministério da Justiça e Segurança Pública informou que havia entrado em contato com a Fundação Nacional do Índio (Funai) e que os fatos estão sendo apurados.
O relato foi feito por Hekurari, presidente do Conselho Distrital de Saúde Indígena Yanomami e Yekwana (Condisi YY), em vídeo publicado na noite do dia 25 em sua rede social. Os garimpeiros, conta ele, aproveitaram quando a maior parte dos indígenas estava caçando para invadir a comunidade.
Segundo Hekurari, uma mulher, a menina e a outra criança de três anos foram levadas para o acampamento de um garimpo ilegal de ouro, onde a adolescente passou a ser violentada. A mulher, tia da menina, tentou impedir, mas foi jogada no Rio Uraricoera, junto a outra criança. As três indígenas estavam sozinhas, afirmou ele.