Na madrugada de sexta-feira (18), o número de mortes pela chuva em Petrópolis, no Rio de Janeiro, chegou a 122, segundo a Defesa Civil fluminense. O Corpo de Bombeiros trabalha no quarto dia seguido de buscas. Segundo a Polícia Civil, 116 pessoas seguem desaparecidas.
Dos 117 corpos que estavam no Instituto Médico-Legal (IML), 77 são de mulheres e 40 de homens. Desses, 20 são menores e, ao todo, 57 corpos foram identificados.
No fim da tarde de quinta-feira, voltou a chover forte na região, o que fez a Defesa Civil acionar as 14 sirenes. Ao longo da madrugada, o som dos equipamentos foi ouvido novamente no Morro da Oficina, uma das áreas mais afetadas.
Um novo deslizamento foi registrado, e os moradores foram orientados a sair da Rua Nova (também conhecida como 24 de Maio). Eles foram levados para um ponto de apoio nas proximidades, onde receberão auxílio.
De acordo com o G1, devido ao mau tempo, as buscas a desaparecidos foram suspensas à noite para garantir a segurança das equipes. A previsão é de tempo instável na cidade nesta sexta-feira. O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta informou que permanece muito alta a possibilidade de ocorrência de deslizamentos de terra mesmo na ausência de chuva.
Nesta sexta-feira, o presidente Jair Bolsonaro irá para Petrópolis. Ele estará acompanhado do ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, e demais autoridades. A comitiva fará um sobrevoo sobre as áreas mais afetadas, visitará o centro de operações do Governo Federal, montado no 32º Batalhão de Infantaria Leve de Montanha, e participará de reunião com o prefeito da cidade, Rubens Bomtempo.
Cerca de 500 bombeiros estão mobilizados na operação. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Rio Grande do Sul colocaram suas forças à disposição para auxiliar nas buscas por desaparecidos, mas até o momento não houve interesse do governo fluminense. O Ministério da Defesa autorizou o emprego das Forças Armadas na região.
O temporal
A chuva atingiu a cidade de Petrópolis na tarde de terça-feira (15). Em apenas seis horas, choveu mais do que o esperado para todo o mês no município. A prefeitura decretou estado de calamidade pública e informou que as equipes dos hospitais foram reforçadas para o atendimento das vítimas.
Um dos locais mais afetados foi o Morro da Oficina, no bairro Alto da Serra, onde um grande deslizamento atingiu diversas moradias e o governo acredita ter o maior número de vítimas ainda soterradas. Segundo a prefeitura, estima-se que 80 casas tenham sido afetadas na localidade.