A última quarta feira de maio tem como tradição a realização do Dia do Desafio. Além de incentivar a prática de exercícios físicos, a 25ª edição do evento também busca incentivar a solidariedade e valorizar a inclusão de paratletas no cenário esportivo.
A ação organizada pelo Sesc-RS tem como principal objetivo fazer o maior número possível de pessoas praticarem alguma atividade física por pelo menos 15 minutos. Em razão da pandemia, o Dia do Desafio deste ano acontece em formato híbrido, alternando atividades online e presenciais.
Em 2020, o evento foi realizado de forma digital pela primeira vez, alcançando aproximadamente 1,8 milhão de gaúchos. Até 2019, o desafio era realizado entre duas cidades com o mesmo porte populacional, com o objetivo de engajar o maior número de habitantes de ambas as localidades.
Durante todo o dia, as unidades gaúchas do Sesc e Senac, além dos sindicatos filiados à Fecomércio-RS, estão arrecadando roupas, alimentos não perecíveis e caixas de leite. Diversas prefeituras do Estado também colaboram com a arrecadação. Os donativos serão encaminhados para entidades participantes do projeto Mesa Brasil.
Em Porto Alegre, a atividade também busca valorizar a persistência e a dedicação de paratletas. Ao longo desta quarta-feira (26), praticantes de diversas modalidades esportivas participam de atividades no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (Cete), no bairro Menino Deus.
Morador de Eldorado do Sul, o jovem Walisson Fortes, 24 anos, encontrou no esporte a força necessária para ajudar a vencer o maior desafio de sua vida. Há três anos ele precisou amputar uma perna após um acidente de moto, que o deixou 44 dias internado em um hospital.
Apaixonado por esporte desde criança e hoje praticante do atletismo, ele sonha em correr o mundo e representar o Brasil em uma Paralimpíada.
— Meu sonho sempre foi correr, mas não tinha a prótese. Consegui comprar uma porque um pessoal conhecido realizou uma vaquinha para me ajudar. O Dia do Desafio é muito importante para nós que vivemos dias desafiadores — destaca Walisson, que antes da pandemia também era paratleta da natação e dedica-se às disputas de 100, 200 e 400 metros.
Para a técnica em Esporte e Lazer do Sesc-RS Hararre Delfino, a proximidade com realização dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Japão criou uma temática importante a ser abordada durante o evento:
— Queremos ampliar e divulgar o trabalho do paradesporto para nossa sociedade. Os paratletas receberam o nosso convite de braços abertos, nosso país é muito forte e conquista muitas medalhas em diversas modalidades.
As atividades do Dia do Desafio podem ser acompanhadas nas redes sociais do Sesc-RS. Às 17h, ocorre o bate-papo “Superação de Desafios”, com Serginho, ex-líbero da Seleção Brasileira de Vôlei.
Ouça a entrevista na Rádio Gaúcha