O governador paulista, João Doria, e o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, anunciaram nesta segunda-feira (18) que serão votados projetos para antecipação de feriados, que podem criar um megaferiado de seis dias na cidade de São Paulo a partir de quarta-feira (20).
O anúncio foi feito durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo estadual. As medidas ainda serão votadas pelo Legislativo, mas as ações propostas na pandemia têm sido aprovadas com facilidade pelos governantes.
A medida foi tomada porque índices de isolamento social costumam sem maiores em feriados e finais de semana, e seguem abaixo de 50% em dias úteis. No sábado (16), a capital teve uma taxa de 52% e o Estado, de 50%. No domingo (17), a capital atingiu 56% e o Estado, 54%.
A Câmara Municipal de São Paulo votará nesta segunda a antecipação do Corpus Christi (11/6) e também da Consciência Negra (20/11), para quarta e quinta (21). A sexta-feira (22) será ponto facultativo.
— Caso a Câmara consiga aprovar esse projeto até amanhã (terça-feira), anteciparemos os dois feriados municipais que ainda temos para quarta e quinta desta semana, decretando ponto facultativo na sexta-feita. Portanto, teríamos um período de quarta, quinta, sexta, sábado e domingo, onde a gente poderia atingir os índices que atingimos no dia de ontem (domingo) — disse Covas.
Doria também mandará à Assembleia Legislativa projeto para antecipar o feriado de 9 de Julho para segunda-feira (25). Com a aprovação dos projetos, o feriadão começaria na quarta e terminaria na segunda.
O governo de SP está articulando com outras cidades do Estado para que feriados municipais também sejam antecipados nestes municípios, para a próxima semana, provavelmente nos dias 26 e 27. O anúncio foi feito após o fracasso do megarrodízio na capital, uma vez que o índice de isolamento não subiu, ficando abaixo de 50% nos dias úteis.
— Apesar de todo esse esforço, chegamos no domingo a uma ocupação de 76% de enfermaria e 91% dos leitos de UTI — disse Covas.
Doria iniciou a coletiva fazendo um discurso em que tenta desconstruir a tese de que a quarentena é o que afeta a economia:
— Para vencer a crise, temos de vencer o coronavírus. O inimigo da economia não é quarentena, é a pandemia.