SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) - Passados cinco meses da tragédia no Hospital Badim, na Tijuca, zona norte do Rio de Janeiro, a direção da instituição fechou 14 acordos de indenização com familiares das vítimas. O local sofreu um incêndio no dia 12 de setembro, provocado por um curto-circuito em um gerador no subsolo, deixando 25 mortos. As informações são da Agência Brasil.
Segundo o hospital, no momento do incêndio havia cerca de 500 pessoas no prédio, entre funcionários, acompanhantes e pacientes, com 103 internados. Após a tragédia, 20 colaboradores também precisaram de internação. Do total de pessoas afetadas pelo incêndio, apenas uma parte pediu indenização, principalmente entre as famílias de pessoas que morreram. O hospital não informa quantos ainda estão em negociação.
Paralelamente aos acordos, o Hospital Badim procurou, desde o início do fato, apoiar às vítimas e seus familiares, respeitando e acolhendo suas necessidades. Passados cinco meses, o hospital mantém aberto os canais de suporte por meio do qual vêm atendendo as mais diversas demandas dos envolvidos.
Em nota, o hospital informa que ainda há um paciente internado e que das, 25 pessoas que morreram, 13 foram de causas relacionadas ao incêndio e sete de causas naturais. Cinco casos tiveram avaliação inconclusiva.
DEMISSÕES
Com a redução do espaço físico do hospital, que funcionava em dois prédios e passou para um, houve demissões de funcionários pelo excesso de pessoal para a estrutura atual. A reportagem tentou contato com o Sindicato dos Enfermeiros do Estado do Rio de Janeiro para saber o número de demitidos, mas não obteve retorno.
Segundo o hospital, foram feitos todos os esforços para manter todo o seu quadro de pessoal.
No entanto, infelizmente, não temos mais condições de continuar com todos os colaboradores, o que lamentamos profundamente, por serem profissionais qualificados e comprometidos. Reiteramos que todos os esforços foram feitos para que boa parte deles fosse aproveitada na unidade 2 do Badim, reaberta em 14 de outubro. Porém, havia excesso de pessoal para o número de leitos.
A Polícia Civil informa que as investigações para apurar as circunstâncias do incêndio seguem na 18ª Delegacia de Polícia (Praça da Bandeira).