Fake news proliferam em ambientes polarizados e nos quais não há jornais para contrapor afirmações – regiões chamadas por especialistas de "desertos de notícias". Mas uma iniciativa no Brasil busca pautar o debate com base na ciência: o Projeto Comprova, uma aliança de 24 jornais brasileiros – incluindo GaúchaZH – que investiga informações enganosas e inventadas sobre políticas públicas do governo federal.
No Comprova, um time de jornalistas de vários veículos checa um conteúdo altamente compartilhado em redes sociais. Em seguida, outros veículos rechecam a investigação para haver certeza de que a apuração foi adequada. Por fim, todos os 24 veículos podem publicar a investigação.
Confira, a seguir, três checagens realizadas na última semana:
É falso que um homem detido por crime ambiental no Amazonas tenha afirmado em depoimento que foi pago pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) para atear fogo em uma área de mata.
Um vídeo da construção de uma estrada de ferro na Suécia foi tirado de contexto e usado em postagens no Twitter, no Facebook e no Whatsapp associado a uma informação falsa. O post afirma que o vídeo mostra "o maquinário que os chineses estão usando para fazer a estrada de ferro que vai da região de Lucas do Rio Verde", no Mato Grosso, até o Maranhão, passando por Marabá, no Pará.
É enganosa uma publicação compartilhada no Facebook e no Twitter que sugere, sem evidências, que mais de 100 mil organizações não governamentais (ONGs) que atuam na região amazônica estariam interessadas não na "floresta", mas nos minérios presentes na área.
Você recebeu algum conteúdo sobre políticas públicas que gerou dúvida e gostaria que o Comprova checasse? Envie uma mensagem de WhatsApp para (11) 97795-0022 ou pelo site do Comprova.